FCF e outras 18 federações assinam manifesto por renovação e estabilidade na CBF
O documento cita que é preciso uma "renovação de ideia, de práticas e de lideranças" na estrutura da gestão da CBF, sem fazer qualquer menção a Ednaldo Rodrigues, destituído da presidência da entidade
Momentos após a destituição de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF, 19 federações estaduais, incluindo a Federação Cearense de Futebol (FCF), am um manifesto em defesa da “estabilidade, renovação e descentralização do futebol brasileiro”. O documento, no entanto, não menciona o agora ex-presidente da entidade, que entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) na tentativa de reassumir o cargo.
O manifesto foi publicado ainda na noite da última quinta-feira, dia 15, poucas horas após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, por decisão do desembargador Gabriel Zéfiro, afastar Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF. Fernando Sarney, um dos vice-presidentes da confederação, foi nomeado interventor, com a missão de convocar novas eleições “o mais rápido possível”.
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Além da Federação Cearense, am o documento as federações dos seguintes estados: Alagoas, Rio de Janeiro, Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Sergipe, Rondônia, Pará, Roraima, Acre, Distrito Federal, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Outras oito federações não aderiram ao manifesto: Amapá, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Pernambuco, São Paulo e Tocantins.
Confira o manifesto na íntegra:
O futebol brasileiro vive um momento decisivo. É urgente enfrentar desafios estruturais que há anos limitam o potencial do nosso futebol. Precisamos de um calendário equilibrado, arbitragem profissionalizada, gramados de qualidade, segurança nos estádios e competições fortalecidas.
Para que isso aconteça, é fundamental garantir estabilidade institucional à CBF. Precisamos virar a atual página de judicialização e instabilidade que há mais de uma década compromete o bom funcionamento da entidade e o avanço do futebol brasileiro. É também momento de resgatar a autonomia interna da CBF, hoje sufocada por uma estrutura excessivamente centralizada e desconectada das instâncias que compõem o ecossistema do futebol nacional.
Além da estabilidade, o cenário exige uma renovação de ideias, de práticas e de lideranças, bem como a profissionalização definitiva das estruturas de gestão. A CBF precisa ser exemplo de governança, eficiência e transparência — e também precisa voltar a ser a casa de todos que constroem o futebol brasileiro, com um ambiente saudável, inspirador e descentralizado, em que cada um possa contribuir ativamente para a melhoria do esporte que constitui verdadeiro patrimônio nacional.
Unidos com esse propósito, assumimos o compromisso de construir uma candidatura à Presidência e Vice-Presidências da CBF comprometida com um novo ciclo para o futebol brasileiro: mais democrático, mais integrado e mais aberto à participação de todos. Queremos uma CBF forte, querida por dentro, irada por fora — e novamente amada por todos que fazem do futebol a alma do nosso país.