‘Dona de Mim’ se destaca por protagonista que nem sempre acerta
Atual novela das sete, "Dona de Mim" revela protagonista cheia de falhas e que nem sempre é inocente
“Dona de Mim” estreou na grade de programações da TV Globo há apenas três semanas, mas vem surpreendendo o público por sua protagonista fora do convencional. Leona (Clara Moneke) é uma mocinha generosa, mas com atitudes egoístas e imprudentes.
Diferente de Beatriz Dourado, de “Garota do Momento”, e Raquel Acioly, de “Vale Tudo”, a protagonista de “Dona de Mim” não hesita em se meter em confusão pensando em ajudar a própria família ou a si mesma. Personalidade que foge da idealização do público do sofá.
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Logo no primeiro episódio, conhecemos Leona: uma jovem que largou os estudos e abandonou o noivo no altar pelo trauma não superado de ter perdido sua filha ainda na gestação. Trabalhando como revendedora de lingeries, ela se atrapalha e acaba fraudando uma rifa em sua comunidade.
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Ao perder o emprego, ela mente para a irmã e rouba sua oportunidade de trabalho como babá na casa de uma família rica. Leona chega ao lugar, finge ser quem não é e ainda surpreende ao tratar a criança de uma forma pouco convencional.
Além disso, logo nos primeiros dias cuidando da pequena Sofia (Elis Cabral), ela prega uma peça para assustar crianças, beija o filho do seu patrão e ainda se comunica com o ex-namorado presidiário de sua melhor amiga, ligando diretamente para a prisão.
O mais surpreendente é que amamos Leona mesmo assim. A jovem impulsiva age de maneiras questionáveis, mas quase sempre para ajudar sua irmã a continuar estudando ou para garantir o sustento da casa de sua avó. Mesmo errando em sequência, a protagonista se apresenta como uma mulher periférica que luta pela sua sobrevivência e lazer.
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Leona se parece mais com o público das novelas do que estamos acostumados. Longe de ser um exemplo de honestidade ou de boas condutas, a mocinha se envolve romanticamente com várias pessoas, tem traumas, “dedo podre”, medos, inseguranças, ciúmes, teimosia, mas também sonhos de uma vida melhor.
É envolvente acompanhar a personagem de Clara Moneke, pois ela é como uma amiga próxima, uma familiar ou até como nós, que erramos, mas não somos consideradas vilãs na vida real.