História do pratinho em Fortaleza é contada em livro de jornalista

História do pratinho em Fortaleza é contada em livro de jornalista

Jornalista cearense aborda tradição do pratinho em Fortaleza e sua relação com a capital cearense em livro em desenvolvimento

Um livro sobre o pratinho enquanto fenômeno cultural típico de Fortaleza está sendo desenvolvido pela jornalista especializada em Gastronomia Izakeline Ribeiro. A obra é uma extensão de sua pesquisa de Mestrado em Gastronomia pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e também apresenta breve histórico sobre a trajetória do pratinho na capital cearense.

Atualmente em fase de revisão do conteúdo, o livro tem previsão de ser publicado no segundo semestre de 2026. Izakeline está adaptando sua pesquisa, intitulada “Pratinho: de renda extra à comida de rua popular em Fortaleza”, para uma linguagem mais ível. A obra reunirá fotos, relatos de vendedores e consumidoras e mapas.

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A pesquisa foi publicada em 2024 e abordou as dinâmicas econômicas, sociais e culturais envolvidas na produção e consumo do pratinho. O trabalho investigou as motivações dos vendedores, os perfis dos consumidores e as interações entre os dois grupos.

Livro sobre pratinho: o que é esse símbolo de Fortaleza?

Ícone da cultura alimentar de rua em Fortaleza, o pratinho é uma maneira de servir comidas típicas em que são combinadas iguarias como baião de dois, vatapá, carne de sol, macaxeira e paçoca. Além de refeição, ele é visto como uma forma de identidade.

“O pratinho vai além da alimentação: ele representa estratégias de sobrevivência, criatividade e identidade. A partir desse jeito de comer nas calçadas e praças, encontrei um universo rico em histórias de vida e inovação — especialmente entre mulheres que fazem do pratinho uma fonte de renda”, explica Izakeline Ribeiro.

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Como aponta a mestra em Gastronomia, o pratinho acompanha mudanças urbanas, econômicas e sociais, caminhando das tradicionais festas juninas ao cotidiano da cidade de Fortaleza “a partir de uma lógica de necessidade”. Ele também está ligado à informalidade e ao empreendedorismo popular, principalmente feminino.

Livro sobre pratinho: combinação generosa de comidas típicas

A profissional também contextualiza que a marca principal do pratinho é a combinação generosa e bem servida de comidas típicas, sempre montada em cumbucas de diferentes materiais, como plástico, alumínio ou isopor. Geralmente com base de arroz ou baião, paçoca de carne de sol, salada e cremes, ele não tem uma fórmula restrita. “Cada pratinho é único, refletindo o estilo de quem o prepara e os ingredientes disponíveis. Essa diversidade é parte essencial da sua identidade”, exclama.

Izakeline Ribeiro caracteriza o processo desse estudo: “Desenvolver essa pesquisa foi, acima de tudo, um mergulho nas histórias que alimentam Fortaleza — no sentido literal e simbólico. Foi também uma forma de valorizar saberes populares, modos de fazer invisibilizados e trajetórias de mulheres que, com poucos recursos, movimentam economias locais e constroem vínculos comunitários”.

Ela acrescenta: “Para mim, foi um processo de escuta, respeito e aprendizado. E agora, transformar essa pesquisa em livro é uma forma de devolver essas histórias à cidade com o reconhecimento que elas merecem".

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