Regina Duarte diz não querer mais decorar texto para fazer novela

Regina Duarte diz não querer mais decorar texto para fazer novela

Regina Duarte revela desejo de se afastar de textos decorados e só considera retornar às telas para interpretar uma personagem muda

Na madrugada desta terça-feira, 22, foi exibida na Rede Globo uma entrevista de Regina Duarte com Pedro Bial. Durante o bate-papo, a atriz compartilhou seu desejo de não mais decorar textos.

Aos 78 anos, Regina revelou que só consideraria retornar às telas para interpretar uma personagem muda, que se comunicasse por meio de expressões faciais e gestos, sem a necessidade de palavras.

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"Fiz isso a minha vida inteira. Trabalhava 24 horas por dia: 12 gravando e 12 decorando. A mudinha é uma proposta interessante", brinca.

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Ao ser recebida de volta na Globo para a entrevista, Regina foi questionada por Pedro Bial se aquilo representava uma espécie de "volta da filha pródiga". Sem hesitar, a veterana confirmou.

"Claro que é, de certa forma. Tenho revisitado tantas coisas que já fiz. É uma maneira de recuperar uma relação tão importante na minha vida, com tanta gratidão por essa história e tanto amor por tudo o que vivi. Como eles conseguiram me fazer apaixonada durante 60 anos?", refletiu.

A participação no Conversa com Bial é um marco na reaproximação de Regina com a Globo, após um distanciamento ocorrido quando a atriz deixou a emissora, em 2020, para assumir a Secretaria Especial de Cultura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Embora o tema tenha sido abordado de maneira sutil, o foco da entrevista foi principalmente nos 40 anos de "Roque Santeiro", novela que ficou marcada na história por sua crítica à exploração política e comercial da fé popular e que foi censurada em sua versão original, em 1975.

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No estúdio, Regina reviu cenas marcantes de sua personagem, a Viúva Porcina, e compartilhou suas discordâncias e arrependimentos em relação a uma das figuras mais icônicas da teledramaturgia brasileira.

"Hoje eu cortaria 80% da gritaria da Porcina. Não era necessário, não sei por que inventei essa gritaria", itiu. "Eu via os câmeras rindo, achava que estava agradando, comecei a gritar cada vez mais alto e perdi a noção".

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