Carla Zambelli, condenada a 10 anos de prisão pelo STF, foge do Brasil
A deputada federal pelo PL-SP alegou que deve se afastar do mandato para buscar tratamento médico na Europa
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) revelou nesta terça-feira, 3, que deixou o Brasil. Condenada recentemente a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ela informou que está em busca de tratamento médico na Europa e que se licenciará do mandato parlamentar.
A informação foi anunciada em entrevista à rádio AuriVerde Brasil.
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“Não é um abandono do País, nem desistir da minha luta. É resistir. Continuar falando o que eu quero falar. Poder voltar a ser a Carla que eu era antes das amarras que essa ditadura nos impôs”, enfatizou Zambelli.
No anúncio, Zambelli falou ainda que deve viajar pela Europa e participar de congressos em diversos países para denunciar o que acontece no Brasil, no que ela cita como "falta de liberdade e censura". Além disso, declarou que, diante das pressões judiciais sofridas no Brasil, ará a usar as suas redes sociais, agora geridas pela mãe, Rita Zambelli, para poder "denunciar todos os desmandos que observamos nesse País”.
No início da manhã, a deputada afirmou à CNN que estaria na Itália. Em seguida, contornou a informação e confirmou que se encontra nos Estados Unidos e deve viajar ao “Velho Continente” em poucos dias, acompanhada do marido, o secretário da Segurança Pública de Caucaia Antônio Aginaldo.
Carla Zambelli condenada no STF
Em maio ado, a primeira turma do STF formou unanimidade para condenar Carla Zambelli à prisão e à perda do mandato parlamentar por envolvimento em invasão a sistemas do Poder Judiciário. Segundo a ação penal, ela teria supostamente inserido documentos falsos nas plataformas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), incluindo quebra de sigilo bancário e bloqueio de bens de Alexandre de Moraes, além de mandado de prisão contra o ministro.
Conforme a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR), junto com o hacker Walter Delgattim – outro réu no processo –, a parlamentar buscava “adulterar dados, tudo no intuito de prejudicar a istração do Judiciário, da Justiça e da credibilidade das instituições”.
Desde o início do julgamento, a deputada negou as acusações e afirmou que não há provas para a condenação.
Devido ao caso, em 2023, ela chegou a ter o aporte apreendido por determinação do ministro Alexandre de Moraes, mas teve a devolução do documento posteriormente. Com a saída do Brasil, o STF pode impor novas medidas cautelares, incluindo novamente a retenção do aporte, e a PGR também pode pedir a prisão da deputada.
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