Marina diz que decisão do Ibama sobre exploração da margem equatorial será técnica

Marina diz que decisão do Ibama sobre exploração da margem equatorial será técnica 522a3h

Para ministra, a pasta não dificulta nem facilita as licenças ambientais. Porém, evitou criticar o presidente Lula

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), disse nta sexta-feira, 14, que a resposta do Ibama à exploração do petróleo na margem equatorial do País será dada de forma “técnica” e afirmou que a pasta “nem facilita e nem dificulta” os licenciamentos ambientais.

Marina foi entrevistada no programa O POVO no Rádio, na rádio O POVO CBN. Respondendo sobre as manifestações de Lula (PT) questionando a burocracia do órgão ambiental, a ministra evitou críticas ao presidente, entretanto, disse que "em um governo republicano as instituições são respeitadas".

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"Eu trabalho com a clareza de que, em um governo republicano, as instituições são respeitadas. O presidente Lula, desde que assumiu pela terceira vez, tem feito um trabalho de fortalecer o Ibama com concurso público. Nós estamos com uma ação muito forte no Ibama, que levou inclusive a um resultado inédito na Amazônia, reduzir o desmatamento em 46%".

A ministra também destacou que os técnicos do Ibama trabalham no parecer de resposta à exploração da região equatorial. "A resposta que vai ser dada para margem equatorial é uma resposta técnica, e os técnicos do Ibama vão dar essa resposta, estão trabalhando as informações do processo de licenciamento que foram aportados pela Petrobras, e isso vai ter uma resposta técnica do Ibama”, destacou a ministra. 

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Segundo Marina, o Ministério do Meio Ambiente cumpre a lei. "Eu sempre digo no ministério, a gente nem facilita, nem dificulta, a gente faz de que a lei seja cumprida e de que ter agilidade não significa flexibilizar nem perda de qualidade”, completou a ministra.

No Ceará para participar da 5ª Conferência Estadual do Meio Ambiente, no Sesc Iparana em Caucaia, Marina destacou o potencial do Estado e da Região Nordeste para investimento em energias renováveis.

“O Nordeste brasileiro é uma grande oportunidade de investimentos em energia solar e energia eólica, e ao mesmo tempo isso abre uma outra frente e o Ceará, é um pioneiro, que a questão do hidrogênio verde”, destacou ela.

A ministra elencou como necessário o investimento em tecnologia agrícola para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

“É preciso a gente ter sistemas agrícolas que sejam mais resilientes à mudança do clima. E aí a Embrapa e todas as suas tecnologias. Tanto os ministros Carlos Fávaro (PSD), como o ministro Paulo Teixeira (PT) estão investindo muito para o Plano Safra e outros investimentos dos bancos regionais já consideram os fenômenos das mudanças climáticas, o ministro Fernando Haddad está liderando o plano de transformação ecológica, que vai desde a bioeconomia, pensamento ecológico, infraestrutura resiliente, a questão da transição energética”, disse Marina.

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Apesar das políticas ambientais do novo governo dos Estados Unidos, Marina destacou que o Itamaraty trabalha ativamente na diplomacia para garantir respostas robustas às necessidades climáticas. O evento ocorre no mês de novembro em Belém do Pará, e segundo a ministra, não é uma festa diante do senso de urgência.

“Não dá pra ser uma COP como se estivéssemos fazendo uma festa, é muito trabalho, muito sentido urgência, diante dessa emergência e ao mesmo tempo, um esforço para que tudo aquilo que foi discutido durante esses 33 anos começa a ser implementado.

E completou: “Então o Brasil vai trabalhar o trio da mobilização, mobilizando a sociedade para debater o assunto de forma planejada e ao mesmo tempo fazendo aquilo que nós chamamos de diplomacia climática que é conversando, dialogando com outros países, para que eles assumam posições que sejam também ousadas”.

Trio da mobilização relatado por Marina, se refere a se adaptar às mudanças, mitigá-las e transformar o cenário atual para reverter o processo. “ Não basta se adaptar, mitigar, é preciso transformar o modelo que nos levou a essa situação”

Defendendo a importância da atenção ao tema das mudanças climáticas, a ministra falou sobre os números de pessoas afetadas por eventos climáticos extremos.

“Nós estamos já numa situação de emergência climática, com eventos extremos acontecendo em todos os lugares do mundo, mais de 170 mil pessoas morrem todo ano só por onda de calor. Quando a gente junta furacões, tufões, enchentes, situação de fome em relação à seca, aí esse número de pessoas que perdem suas vidas pela mudança do clima é incomparavelmente maior, e ainda temos os prejuízos econômicos para infraestrutura pros sistemas alimentares”, disse Marina.

A ministra ainda citou as reuniões com cientistas e movimentos sociais, para a elaboração do “balanço ético”, inédito na história da conferência.

“O presidente Lula propôs uma coisa muito interessante e que vai ser feita com a liderança do secretário das Nações Unidas (Antônio Guterres), que é um balanço ético global, antes da COP. Reuniões envolvendo cientistas, lideranças dos movimentos sociais, ativistas, povos indígenas, comunidades lideranças religiosas, juventude, mulheres, população afro-descendente, para saber se o que está sendo feito é suficiente, se os governos estão fazendo o dever de casa para trazer esse olhar forte da sociedade de que é a Cop da implementação”, finalizou a ministra.

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