Garotas foram perseguidas em comunidade no Jangurussu, em Fortaleza, antes de execução
As duas vítimas ocupavam uma caminhonete e transitavam pelo Jangurussu, em Fortaleza, quando foram alvo de disparos de arma de fogo
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Fortaleza, identificou o trajeto da perseguição realizada por criminosos, no bairro Jangurussu, que terminou com duas jovens mortas no dia 25 de março deste ano.
O percurso, com aproximadamente 1,3 quilômetro, no território denominado "Comunidade do Pesadelo", pera por vias estreitas e avenidas, sendo finalizado na rua Abençoada.
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Gabriella Sousa da Silva e Krislla Maria Freire Jorge, ambas de 18 anos de idade, ocupavam um Jeep Com e foram atingidas no coração e na cabeça, respectivamente. Elas não resistiram aos ferimentos.
Conforme informações de documento obtido pelo O POVO, a ocorrência começou na rua Basto Sobrinho, onde acontecia uma confraternização. As duas garotas estavam acompanhadas de um terceiro, que saiu ileso.
O carro teria ado duas vezes pelo local, em alta velocidade, próximo das pessoas que estavam no evento. A situação teria feito com que o veículo fosse atingido com pedaços de madeira e em seguida alvo de uma perseguição.
O grupo teria perseguido o Jeep com motocicletas e realizando disparos de arma de fogo. A perseguição teve fim quando a vítima que conduzia o carro, agonizando, parou o automóvel.
A perseguição iniciada pelos criminosos teria começado na rua Lagoa Verde, em seguida pela rua Ada Pimentel, depois rua Alef de Sousa Cavalcante, avenida Boulevar III, avenida Governador Leonel Brizola até o veículo parar na rua Abençoada. Esse percurso teria aproximadamente 1,3 km, entre ruas estreitas da comunidade e também em avenidas.
Conforme a apuração, foram usadas três motocicletas na ação, sendo uma Honda Twister, uma POP 100 e uma Honda Bros. Cada moto com duas pessoas, um total de seis indivíduos.
Cinco pessoas são denunciadas pelo MPCE; entre elas o ex-companheiro de Gabriella
Cinco acusados de matar as jovens Gabriella Sousa da Silva e Krislla Maria Freire Jorge foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) por crime de homicídio. O crime aconteceu no dia 25 de março por volta das 22h35min, no bairro Jangurussu, em Fortaleza. Um adolescente também é apontado por envolvimento na ação.
Kairo Gabriel Rodrigues Dias, conhecido como “KG”, Alison Souza do Nascimento, Francisco, Breno Carvalho Lima, conhecido como "Fofão", Gerson dos Santos Marques e Gabriel Pereira de Sousa são os denunciados.
Jovens eavam em carro de homem suíço
No dia do crime o namorado de Gabriela, um suíço de 58 anos, estava hospedado em uma pousada de Fortaleza e foi convidado para dormir na casa dela, no bairro São Cristóvão.
Conforme o inquérito policial, as vítimas seguiram para a praça do bairro São Cristóvão e, durante o percurso, um amigo das garotas embarcou no carro. As duas seguiram para a rua Bastos Sobrinho, na comunidade do Pesadelo, onde era realizada uma confraternização.
O festejo era realizado na casa da namorada de Alisson. As investigações apontam que Gabriela, uma das vítimas, manteve um relacionamento amoroso com Alisson e os dois eram pais de uma criança, mas estavam separados.
O automóvel ou pela rua em alta velocidade e ou próximo de pessoas que estavam na calçada, incluindo o denunciado.
De acordo com os autos, o mesmo carro retorna à rua e se aproxima do local da confraternização. Alisson Sousa teria arremessado um pedaço de madeira no veículo e os denunciados, em três motocicletas, portando armas, começaram a perseguição.
Autos apontam que motivação seria a alta velocidade
Os autos apontam que a motivação do crime seria a de que as vítimas aram pela rua em alta velocidade.
No entanto, há ainda da denúncia que Gabriela teve um relacionamento amoroso com Alisson, e os dois eram pais de uma criança.
"Ocorre que em razão da mulher ser vítima de violência doméstica, interromperam o romance e a vitimada registrou boletim de ocorrência em desfavor deste denunciado, sendo a relação dos ex-amantes muito tumultuada", informa o documento.
Apesar da situação, não houve denúncia ou menção a crime de feminicídio.
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