Tomate e café puxam alta da cesta básica em Fortaleza; veja as variações
O preço da cesta básica em Fortaleza subiu 2,62% no mês de abril e ou a custar R$ 746,52
Impulsionado, principalmente, pela alta do tomate (15,44%) e do café (6,09%), o preço da cesta básica em Fortaleza subiu 2,62% no mês de abril e ou a custar R$ 746,52.
No mês, os demais produtos que contribuíram para o aumento foram: a banana (2,16%), a carne (0,57%), o óleo (0,45%) e a manteiga (0,33%).
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Por outro lado, os que apresentaram quedas de preços foram:
- Arroz: - 2,59%
- Farinha: - 2,26%
- Açúcar: - 0,47%
- Feijão: - 0,45%
- Leite: - 0,3%
- Pão: - 0,24%
Os dados fazem parte da pesquisa mensal feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Quando comparados os preços das cestas básicas entre as capitais, Fortaleza possui a 11ª cesta de produtos mais cara. Mas ocupa a primeira colocação no Norte-Nordeste. Confira no fim desta matéria o valor da cesta básica das capitais do País em abril.
Considerando os dados semestrais e anuais, as inflações na capital cearense foram de 16,4% e 4,46%, respectivamente.
Quanto uma pessoa tem que trabalhar para comer em Fortaleza
O levantamento do Dieese também traz informações referentes ao tempo médio de trabalho necessário para adquirir os doze produtos que constituem a cesta básica.
Em Fortaleza, segundo o divulgado pelo departamento, uma pessoa que recebe o piso salarial nacional, R$ 1.518, referente à 220 horas mensais, dedica 108h e 11 minutos de sua jornada para adquirir alimentos básicos.
Além disso, com base no salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), o estudo aponta que o trabalhador fortalezense comprometeu 53,17% de sua renda na compra desses insumos.
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Já, considerando uma família média (dois adultos e duas crianças) o gasto mensal com alimentos foi de R$ 2.239,56.
Salário mínimo ideal
O Dieese aponta ainda o salário mínimo considerado ideal, a partir do cálculo do valor necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças)
De acordo com o divulgado pelo departamento, o valor leva em consideração “a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência”.
Assim, para a estimativa, ele considera o valor da cesta básica mais cara do País, a de São Paulo (R$ 909,25), e estima o salário mínimo em abril deveria ter sido de e R$ 7.638,62. Esse montante é o equivalente a 5,03 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.518.
Confira o valor da cesta básica nas 17 capitais brasileiras incluídas no estudo:
- São Paulo: R$ 909,25 (3,24%)
- Florianópolis: R$ 858,2 (3,16%)
- Rio de Janeiro: R$ 849,7 (1,7%)
- Porto Alegre: R$ 834,22 (5,38%)
- Campo Grande: R$ 805,08 (2,09%)
- Vitória: R$ 793,86 (4,05%)
- Curitiba: R$ 793,72 (2,7%)
- Brasília: R$ 775,84 (- 0,87%)
- Goiânia: R$ 767,43 (1,77%)
- Belo Horizonte: R$ 752,6 (1,14%)
- Fortaleza: R$ 746,52 (2,62%)
- Belém: R$ 726,21 (3,02%)
- Natal: R$ 657(3,23%)
- Recife: R$ 652,71 (4,08%)
- João Pessoa: R$ 641,57 (2,34%)
- Salvador: R$ 632,12 (- 0,23%)
- Aracaju: R$ 579,93 (1,84%)