Fatia de jovens que nem estudam e nem trabalham cai 6,6% no Ceará 4x103n
Boletim Trimestral da Juventude acompanha a população entre 15 a 29 anos; dados são do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece)
Conhecidos como "nem nem", a quantidade de jovens que nem estudam e nem trabalham caiu 6,6%, no comparativo anual, no Ceará. Os dados foram divulgados pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) na manhã desta sexta-feira, 14 de fevereiro.
O Boletim Trimestral da Juventude acompanha a população entre 15 a 29 anos, explorando dados da Pesquisa por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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A proporção dos jovens "nem nem" segue uma tendência de queda no Estado tanto no curto quanto no longo prazo, exposta também pela comparação do terceiro trimestre de 2019 com o terceiro trimestre de 2024, com recuo de 8,1%.
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Do total de jovens cearenses no terceiro trimestre de 2024, 26,26% encontravam-se na situação "nem nem" — equivalente a 547.583 pessoas. No Nordeste, o número ficou praticamente similar, com 26,29%. Todavia, está distante do patamar brasileiro de 19,70%.
"Uma vez que o aumento da população de jovens sem estudar ou trabalhar é resultante da combinação das dinâmicas observadas tanto no âmbito escolar quanto no mercado de trabalho, cabe um olhar mais atento para estes setores, a fim de descobrir onde se encontra o gargalo maior que permite estas proporções expressivas e que distanciam o Ceará do nível nacional", no estudo.
Faixa etária i2536
Em 2023, o indicador cearense estava em 28,11% e, em 2019, 28,57%. Há uma diferença, também, a depender das faixas etárias, conforme o autor do estudo e analista de políticas públicas do Ipece, Vitor Hugo de Oliveira Silva.
"Entre 15 e 17 anos de idade, observamos uma redução de 33,3%, ou seja, na comparação do terceiro trimestre de 2024 (3,26%) com igual período de 2023 (4,89%). Em relação a 2019 (7,75%), o índice é ainda maior, uma queda de 57,9%", explicou.
Isso é reflexo de um cenário educacional positivo, uma vez que esta faixa etária corresponde à faixa etária escolar, na visão do Ipece.
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Já a parcela de jovens "nem nem" entre 18 a 24 anos foram de 35,56% em 2019 para 33,76% em 2024. No caso dos 25 a 29 anos, a redução foi de 30,59% em 2019 para 29,42% em 2024. Ambas caíram no curto e longo prazo.
"De maneira contrastante, as elevadas proporções desta população específica entre jovens de 18 a 28 anos é um forte indicativo da necessidade de maiores ações direcionadas para a transição destes para o mercado de trabalho", acrescentou.
Gênero 5y5651
Além disso, a proporção de jovens mulheres cearenses que não estudam e não trabalham ficou em 33,21%, enquanto os jovens homens somam 19,76%. "Tal diferença entre os gêneros vem aumentando desde o início de 2023", de acordo com o levantamento.
"A diferença entre os gêneros segue expressiva (68% no 3º tri/24). O que parte pode ser explicada pela diferença de variações no curto prazo (...). Assim, as mulheres seguem sendo mais afetadas com tal fenômeno em comparação ao homens", pontuou.
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Fortaleza é, ainda, o local cearense com menor proporção de jovens "nem nem", de 22,34% no terceiro trimestre de 2024. A Região Metropolitana (RMF), exceto a Capital, e o interior do Estado ficaram com 25% e 28,47%, respectivamente.
"No longo prazo, todas as regiões apresentaram reduções: RMF com -9,6%, o interior do Estado apresentou -8,34% de redução e a Capital com -6,89%, entre o terceiro trimestre de 2019 e o terceiro trimestre de 2024", detalhou.
Há a necessidade de direcionar ações que priorizem atenuar as condições, no intuito de reduzir as disparidades que colocam estes jovens com maior exposição ao risco, de acordo com Vitor Hugo de Oliveira Silva.
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