Luz branca x luz amarela: qual a diferença? Qual é melhor?

Luz branca x luz amarela: qual a diferença? Qual é melhor?

Entenda a diferença na utilização da luz branca e da luz amarela e quais os benefícios que cada uma pode trazer para o dia a dia

Escolher a iluminação ideal faz toda diferença na forma como percebemos o ambiente ao nosso redor. Assim, pensar na escolha entre a luz branca ou amarela é importante para definir o tom desejado ao cômodo em questão. Para isso, é necessário primeiro entender quais as diferenças e os benefícios que cada uma possui.

A arquiteta Letícia Carvalho explica que as luzes brancas e as amarelas se diferem pela temperatura que apresentam, medida em Kelvin (K) em vez de em Celsius (ºC).

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Luzes brancas, acima de 4.000 K, proporcionam um maior foco, estímulo e nitidez, sendo utilizadas em hospitais, cozinhas e escritórios pela sua relação com a visibilidade nesses ambientes que demandam maior atenção.

Enquanto isso, as luzes amarelas, consideradas quentes, variam entre 2.700 K a 3.000 K e trazem a sensação de aconchego, tranquilidade e relaxamento. Por essa razão, são aplicadas em quartos, salas de estar, varandas e outras áreas de socialização e descontração, proporcionando um ambiente mais intimista.

As pessoas preferem a luz branca ou a luz amarela?

Letícia afirma que seus clientes estão começando a “se afeiçoar pela luz amarela”, após compreenderem o efeito de relaxamento que ela traz na rotina.

“Mas ainda tem muitas pessoas que não conseguem desapegar de uma iluminação mais fria”, aponta a profissional, comentando que nesses casos recorre a uma terceira opção para manter o equilíbrio do projeto.

É aí que vem a indicação de investir em uma iluminação neutra, sendo o meio-termo entre o quente e o frio, geralmente com uma temperatura de até 4.000 K. Esse tipo de luz não é tão branca nem tão amarelada, sendo usada quando se busca algo mais adequado aos olhos humanos, evitando os efeitos de foco da luz fria.

Já sobre sua preferência pessoal, ela não esconde: “Sou fã da luz amarela”. Também destaca que não existe nada melhor que chegar em casa após um dia cansativo e encontrar um ambiente aconchegante e acolhedor graças ao toque quente da iluminação. “Fora que esteticamente, acho mais bonito!”, finaliza.

Mas você sabia que para além do uso arquitetônico, os diferentes tipos de luzes também são utilizados em tratamentos de saúde?

O benefício da luz branca e amarela na cromoterapia

Isso mesmo! Aprovada pela portaria n.º 702, de 21 de março de 2018, do Ministério da Saúde, a cromoterapia é uma prática terapêutica que utiliza as cores no tratamento de doenças, como parte das Práticas Integrativas e Complementares do Sistema Único de Saúde (SUS).

O psicólogo, escritor e cromoterapeuta Valdecir A. Testa, que atende pelo nome de Valcapelli em São Paulo, explica que o tratamento cromoterapêutico consiste na aplicação de luz colorida por meio de uma lanterna que projeta cores sobre a região do corpo afetada por alguma doença. Também é utilizado um banho de luz colorida no paciente para promover o bem-estar, estabilidade e saúde física.

A cromoterapia não usa luz branca no banho de luz durante a aplicação, visto que já recebemos luminosidade branca por parte das lâmpadas acesas nos ambientes da luz solar”, diz Valcapelli.

Durante a aplicação de cromoterapia, são utilizadas luzes coloridas para repor a energia da cor no organismo, proporcionando por meio de determinada cor a saúde necessária para o corpo, a mente e as emoções.

Já no que se refere a luz amarela, o profissional explica que esta é a cor mais clara do espectro e seus benefícios consistem, segundo a cromoterapia, na:

  • Estimulação da saúde pancreática
  • Ação sobre a pele e o sobre o sistema nervoso, permitindo a sensibilidade física e saúde neural
  • Promoção da alegria, leveza e bem-estar
  • Estímulo de planejamento, força de vontade e animosidade

O tratamento com as cores pode ser feito em casa pela própria pessoa, ressalta Valcapelli, que explica que basta o paciente acender uma luz na cor indicada para sua queixa e banhar o corpo com aquela cor durante um período de 15 minutos até uma hora, diariamente.

Ao questionado sobre qual luz prefere, Valcapelli também escolhe a luz de cor amarela por, segundo ele, “despertar conteúdos psico emocionais positivos e agradáveis para uma boa performance no ambiente”.

Luzes coloridas realmente trazem benefícios para a saúde?

Apesar dos benefícios divulgados por cromoterapeutas, o uso de luzes coloridas no tratamento de doenças se encaixa como uma pseudociência, isto é, um conjunto de crenças e práticas que se apresentam como científicas, mas não possuem comprovação de seus resultados por meio do uso de métodos científicos.

Por essa razão, o Conselho Federal de Medicina (CFM) emitiu uma nota em 13 de março de 2018 quando o SUS autorizou o o a dez novas modalidades de terapias alternativas, incluindo a cromoterapia.

A nota manifesta uma posição contrária à medida pelos motivos das práticas autorizadas não apresentarem resultados e eficácia comprovados cientificamente, além de ignorarem as prioridades na alocação de recursos do SUS.

O CFM ressalta que a prescrição e o uso de procedimentos e terapêuticas alternativas, sem reconhecimento científico, são proibidos aos médicos brasileiros, conforme previsto no Código de Ética Médica.

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