MPCE denuncia homem por matar namorada asfixiada na presença do filho autista

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Crime aconteceu no dia 22 de janeiro deste ano no município de Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF); caso a Justiça aceite a denúncia, o acusado poderá ser condenado a até 60 anos de prisão

O homem preso suspeito de matar a namorada asfixiada no dia 22 de janeiro deste ano, no município de Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) na sexta-feira, 28. O crime aconteceu na presença do filho de 9 anos da vítima, que convive com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

O acusado, identificado como Caio Giovane Alves Cavalcante, confessou o crime ao ser preso em flagrante ainda em janeiro ado. O homem teria matado a mulher após uma ofendê-la e, em seguida, esgana-lá dentro da casa do casal, localizada no bairro Barro Preto, em Aquiraz.

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Conforme a denúncia do MP, a vítima tentou ainda se desvencilhar do homem durante as agressões, sendo evidenciado a tentativa pelas marcas das unhas das mãos da vítima e pelas características gerais do local em que o corpo foi encontrado.

No dia do crime, a mulher foi encontrada sem vida pelo pai dentro de um quarto no imóvel. O filho de Isabele da Silva foi encontrado em outro compartimento no local “nervoso e amedrontado”.

Após o crime, Caio fugiu em posse de um cartão de crédito e do celular da vítima. Ele foi encontrado por  agentes da Polícia Militar do Ceará (PMCE) e preso em flagrante no município de Maracanaú, também na RMF.

Com ele, ainda foi apreendido 49 gramas de substância análoga à maconha. O homem confessou o crime cometido contra Isabele após ser preso.

O documento do MP também aponta que o casal, juntos há quatro meses, possuía uma relação constante de brigas.

O acusado chegou a praticar humilhações em desfavor da namorada em público. Em um dos casos, Caio chegou a conduzir Isabele com os pulsos acorrentados, tratando-a como um animal doméstico.

O cenário, conforme o MPCE, demonstra que o denunciado “despreza a vida e dignidade do gênero feminino”.

No entendimento do órgão ministerial, o crime foi cometido por razões da condição do sexo feminino, em contexto de violência doméstica, o que caracteriza feminicídio, sendo agravado pelo fato da vítima ser mãe de dois filhos, sendo uma das crianças com autismo.

“Esses fatores intensificam a gravidade do crime e refletem as mudanças introduzidas pela Lei nº 14.994/2024, conhecida como “Pacote Antifeminicídio”, que ampliou a severidade das punições em casos de feminicídio”, disse o órgão.

Caso a Justiça aceite a denúncia do MP, o réu poderá ser condenado a até 60 anos de prisão. O homem permanece preso preventivamente.

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