Justiça concede liberdade a motorista acusado de matar motoboy em SP

Justiça concede liberdade a motorista acusado de matar motoboy em SP

Instantes antes da colisão fatal, o motoboy havia quebrado o retrovisor do lado do motorista do Porsche, o que, segundo as investigações, motivou a perseguição.

Após quase um ano detido, o empresário Igor Ferreira Sauceda, de 28 anos, foi liberado pela Justiça nesta semana. Ele é acusado de perseguir, atropelar e matar o motoboy Pedro Kaique Ventura Figueiredo, de 21 anos, em julho de 2024, na zona sul de São Paulo.

Mesmo em liberdade, Igor deverá cumprir uma série de medidas cautelares: utilizar tornozeleira eletrônica, permanecer com a carteira de habilitação suspensa, não sair da cidade por mais de sete dias sem autorização judicial e entregar seu aporte, ficando impedido de deixar o País.

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Perseguição filmada e morte violenta

O caso ganhou ampla repercussão após câmeras de segurança registrarem o momento em que o Porsche amarelo colide propositalmente com a motocicleta da vítima na Avenida Interlagos. Laudo pericial apontou que o carro de luxo trafegava a mais de 102 km/h, o dobro da velocidade permitida na via.

Instantes antes da colisão fatal, o motoboy havia quebrado o retrovisor do lado do motorista do Porsche, o que, segundo as investigações, motivou a perseguição.

A vítima foi arremessada ao solo, socorrida com vida, mas morreu no hospital devido a poli traumatismos e hemorragia cerebral, conforme o Instituto Médico Legal (IML).

A perícia também indicou que Pedro havia consumido bebida alcoólica antes do acidente e a acusação do Ministério Público sustenta que o crime foi intencional, com dolo eventual ou direto.

Defesa nega intenção e fala em acidente

A defesa de Igor argumenta que não houve intenção de matar e que o ocorrido foi um acidente de trânsito, devendo ele responder por homicídio culposo — sem intenção de matar. 

Os advogados sustentam que Igor cooperou com as investigações e não ameaçou testemunhas, elementos que contribuíram para a revogação da prisão preventiva.

Já o Ministério Público acusa o empresário por homicídio doloso triplamente qualificado, com agravantes como motivo fútil, uso de meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.

A Justiça da 3ª Vara do Júri acolheu os argumentos da defesa e permitiu que o réu aguarde as próximas etapas do processo em liberdade.

Etapas do processo continuam

A audiência de instrução, marcada anteriormente no Fórum Criminal da Barra Funda, será mantida. Nessa fase, testemunhas serão ouvidas e o réu será interrogado. A partir disso, o Judiciário decidirá se o caso será levado ou não a júri popular.

Segundo o Ministério Público, Pedro era casado e sua esposa estava grávida na época do crime. A Promotoria também solicitou o pagamento de um valor mínimo de indenização à família da vítima, considerando o impacto emocional e financeiro da perda.

A Secretaria da istração Penitenciária (SAP) confirmou, por meio de nota oficial, que Igor deixou o Centro de Detenção Provisória II de Guarulhos no sábado (31), após a decisão judicial.

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