Presidente do Colo-Colo lamenta mortes e cobra medidas: "O que aconteceu é terrível"
À imprensa chilena, o mandantário dos Caciques afirmou que o clube irá trabalhar para reconhcer e punir os responsáveis pela confusão
Após os conflitos ocorridos durante a partida entre Colo-Colo e Fortaleza, na noite dessa quinta-feira, 10, o presidente da equipe chilena, Aníbal Mosa, lamentou o episódio de violência durante o duelo e se colocou à disposição dos familiares das vítimas falecidas nos arredores do estádio, momentos antes do jogo.
“É muito difícil descrever o momento que estamos vivendo, mas estamos aqui colocando a cara e, volto a dizer que o mais importante é nos colocarmos à disposição das famílias para ver como podemos ajudá-los a atenuar esta imensa dor. O mais terrível é a perda das duas vidas. Vamos analisar o nosso centenário, a partida e as possíveis sanções. Hoje o mais difícil é a morte desses dois torcedores”, disse Aníbal Mosa em entrevista à imprensa local.
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O presidente dos Caciques foi uma das últimas pessoas a deixar o Estádio Monumental David Arellano, em Santiago (CHI). Ainda em conversa com a imprensa chilena, o mandatário afirmou que, junto à Conmebol e à polícia local, o Colo-Colo trabalhará para identificar e punir os responsáveis pela invasão ao campo.
“Conversaremos com a Conmebol, analisaremos as situações e falaremos com as autoridades para ver de que maneira vamos continuar trabalhando para que esta situação não ocorra novamente. O que aconteceu hoje é trerrível”, disse o presidente do Colo-Colo.
A dias do centenário do clube, que será comemorado neste 19 de abril, o presidente dos Caciques ressaltou a vergonha do episódio na história do Colo-Colo. “Vamos rever nosso centenário com as sanções. Também conversar com as forças de segurança e a polícia para garantir que esse tipo de coisa não continue acontecendo. Porque isso não prejudica apenas o Colo-Colo, mas também o país e a convivência social", finalizou Aníbal Mosa.
Morte de torcedores
Antes do início da partida ente Colo-Colo e Fortaleza, torcedores chilenos protaganizaram um embate contra a polícia local ao tentar invadir um dos setores do Estádio Monumental david Arilleno. Em meio à confusão, dois torcedores colinos acabaram sendo mortos, uma mulher de 18 anos e um adolescente de apenas 13 anos.
Em entrevista exclusiva ao Esportes O POVO, uma torcedora do Fortaleza, que estava presente na partida, relatou o início da confusão em campo com os torcedores do Colo-Colo.
"Só soubemos da morte dos torcedores depois que o jogo foi interrompido, quando a informação apareceu na transmissão. Mas, desde o início, a torcida do Colo-Colo tentou invadir o setor destinado aos visitantes. Eles jogaram pedras na gente", relatou Victoria, publicitária de 27 anos.
Após perceber a invasão do campo, por parte dos torcedores chilenos, o elenco do Fortaleza correu para o vestiário. Em entrevista à Espn, o volante tricolor Lucas Sasha relatou os momentos de tensão vividos pelo time. “Quando nós vimos que o vidro quebrou e eles conseguiram a abertura, nem pensamos em muita coisa. Em invasão de campo, nós estamos correndo perigo. Eles estavam com pedaços de pau e ferro, todos encapuzados. Então naquela hora (a saída de campo) foi temendo realmente pela nossa segurança”, disse o jogador.
Agora, de volta à capital cearense, o elenco tricolor se prepara para enfrentar o Internacional pela terceira rodada da Série A do Brasileirão, neste domingo, 13, na Arena Castelão, às 20 horas. A equipe do Pici aguarda o julgamento da comissão judicial da Conmebol acerca do caso.
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